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sexta-feira, 27 de abril de 2018

Vulnerabilidade: Uma Questão de Ser

Eu parto da ideia de que não "estamos" vulneráveis: Somos vulneraveis. A mortalidade nos fez assim no principio, e a as exigências sociais e individuais nos fazem assim agora. A proporção e a forma é diferente, mas a determinância disso na nossa vida é inegável. Não é a toa que discutimos isso desde a Grécia Antiga, e, mesmo, tomamos decisões duvidosas para sermos menos vulneráveis, como a própria concepção de escravidão para esse povo que se pauta em vencer as necessidades do corpo vulneravel através do trabalho do outro. Mas hoje, felizmente, as concepções mudaram, ainda que isso não queira dizer que deixamos de temer as nossas fragilidades.
  Não gostamos de expôr nossas fraquezas, embora mostremos todo o resto, assim como não queremos ver (ou mesmo acreditar) nas dos que nos inspiram justamente por parecerem fortes demais para tal. Mas a verdade é que o que nos faz humanos resistentes (e resilientes, qualidade tão em alta) e com visão de progresso é justamente o reconhecimento das nossas vulnerabilidades no intuito de melhorá-lo até onde é possível. Isso não quer dizer que tenhamos que mostrá-las para todos o tempo todo - ainda mais pra aqueles que não tem um mínimo interesse de ajudar, muito pelo contrário -, mas que negar-se e frustrar-se não é uma saída interessante, nao é se quer uma saída.
  Acredito que o momento em que mais fui vulneravel foi quando meu atual namorado tentou me mostrar todas as possibilidades que nós teríamos quando eu estava em um momento de profundo pessimismo, baixa auto estima e negação. Então, logo de cara, expus todas as minhas fraquezas, não fiz-me vulnerável, mostrei-me vulnerável. E tudo isso com a intenção de que ele apenas desistisse, sendo que o contrário ocorreu, eu fui acolhida e senti que não tinha nada de errado em ser vulnerável, em ser completamente quem sou em todas as minhas faces.
  Com isso, não quis dizer que você deva sair dizendo suas falhas esperando consolos, mas que você pode ser inteiro uma vez que se reconheca por completo. Uma vez que busque se tornar a pessoa que deseja ser.
  Quer mais alguma fonte para refletir a respeito? Então não deixe de conferir a live do canal Poder da Gravata que me inspirou a escrever esse texto.
  Aliás, se alguma história em que sentiu sua vulnerabilidade enquanto algo positivo lhe passou pela mente enquanto lia, não esqueça de deixar nos comentários para que a gente possa conversar um pouco sobre esse assunto tão amplo!

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Faça da Biblioteca o seu Templo Universitário


  Eu cometi o deslize de só conhecer o meu templo no segundo período. Isto se deu por um processo natural de adaptação aos ritmos da Universidade que são bastante distintos da escola que conhecemos por toda a vida. Mas nunca é tarde para conhecer esse espaço que vai mudar como você enxerga a graduação. Em um dia em que nada tinha pra fazer, dei por mim entrando naquele lugar que nem é assim tão bonito, mas cheio de conteúdo incrível. A partir disso, venho trazer um pouco dessa experiência e estimulá-los através da importância que a Biblioteca tem para o universitário.

1. Faça o Cadastro

  Mesmo que não vá pegar nenhum livro emprestado naquele dia, procure saber como se faz o cadastro. Até porque pode demorar alguns dias até que sua carteirinha esteja pronta, e assim que você precisar ela já vai estar em mãos.

2. Conheça a Biblioteca

  Fique a deriva nela, compreenda mais ou menos como funciona a sua organização, mesmo nas partes em que os livros não são da sua área. Você também pode utilizar o sistema online para pesquisar as referências e saber quais livros estão disponíveis.
  Além disso, procure conhecer os funcionários. Não é questão de conversa fiada, é um processo que vai se construindo além dos "bom dias" e "boa tardes", são as simpatias desenvolvidas conforme você visita o local. Essas relações vão te permitir boas indicações literárias e informações.


3. Arrisque-se

  Depois de conhecido o espaço e as pessoas, é a hora de se encontrar. Descubra seu lugar favorito, com uma boa vista para alternar com o livro de sua escolha ou seus objetos de estudo. E vá além das suas disciplinas e procure diversas áreas de interesse que possam te acrescentar como pessoa e estudante. Isso pode enriquecer seus textos e, até mesmo, seus diálogos.


  A partir dessas dicas, espero que tenha compreendido que a biblioteca é o templo do universitário porque o permite descobrir através dos livros e do seu estudo individual que não há fronteiras para o seu conhecimento se houver sede para tal. É o religare íntimo do eu como o saber.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Resenha do Filme "Love, Simon"

Imagem de love simon, nick robinson, and katherine langford



  "Love, Simon" fala sobre um garoto que se descobre gay, mas que ainda não se assumiu, embota comece a se sentir inspirado para tal depois que começa a trocar e-mails com um garoto anônimo nas mesmas condições que ele. É um filme que se não me falassem da produção, eu provavelmente deduziria  ser da Netflix frente a temática jovem e LGBT, e, de fato, enquanto assistia no cinema senti-me como se estivesse no sofá da minha casa frente à fluidez e envolvimento com o mesmo.

  O enredo e gênero é ideal para quem gosta dos filmes adolescentes dos anos noventa, e a trilha sonora - que conta com The 1975, Troye e Panic! At The Disco - foi meu principal motivo para ir ver o longa. As atuações são boas, mas não há nada para se destacar uma vez que a trama não pede por isso. No entanto, gostaria só de trazer à tona a preguiça que se assumiu em relação à identidade visual da personagem de Katherine Langford, que não se diferenciou em quase nada de Hannah Baker, dando a impressão que estava assistindo 13 Reasons Why em diversos momentos.

  No que refere ao plot twist, temos alguns. É interessante a quebra de expectativa em relação ao garoto com quem Simon troca os e-mails, pois conforme o final se aproxima, esperamos algo clichê, no entanto, nada é como esperamos.

  Um filme fluido que garante o entretenimento e ideal para ver com um pequeno grupo de amigos, "Love, Simon" é a recomendação da vez. Aliás, se você pretender ver esse filme no cinema e mora em subúrbio, é bom se adiantar porque é sabido que não é o tipo de filme blockbuster que pequenos cinemas locais deixam em exibição por muito tempo.

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